sábado, 23 de abril de 2011

REESTRUTURAÇÃO DA DÍVIDA GREGA DIFICILMENTE EVITAVÉL, OPINIÃO DE ANALISTAS ALEMÃES

Fontes do governo alemão esperam que a Grécia não irá passar o verão sem uma reestruturação da sua dívida, disseram várias fontes do governo da chanceler Angela Merkel.
As fontes acrescentaram que não significa que o governo da Alemanha, esteja a pressionar para uma reestruturação, mas pensam que é um mal evitável.
O custo do seguro contra o incumprimento da dívida da Grécia aumentou nesta segunda-feira após a notícia de um jornal de que a Grécia pediu para reestruturar a sua dívida, embora depois o ministério das finanças do país tenha negado a notícia.
Os credit default swaps (CDS) da dívida do governo grego aumentaram 84 pontos base para 1,220. Isto significa custos de 1.220.000 € para proteger 10 milhões de euros de exposição a títulos gregos.
Fontes do Ministério das Finanças da Grécia negaram que a Grécia o FMI e a União Europeia no início do mês que vem pretendam reestruturar a sua dívida. Entretanto outros CDS da zona periférica do euro também subiram.
Recorrer à reestruturação da dívida soberana de países como a Grécia, Irlanda e Portugal seria "catastrófico", disse o ministro das Finanças francês Christine Lagarde.
"Seria catastrófico porque tornaria extremamente difícil esses países voltarem aos mercados financeiros”.
"O objectivo hoje é dar-lhes apoio, para que depois possam funcionar de novo e se financiem nos mercados".
Pressionada novamente sobre se uma reestruturação seria necessária, na Grécia Lagarde respondeu: "Não, absolutamente não! Não há nenhuma questão de falar de uma reestruturação da dívida grega."
O Ministério das Finanças da Alemanha, negou a elaboração de planos de contingência para uma reestruturação grega após o jornal Financial Times noticiar que o ministério estava a estudar as diversas opções de Atenas, se deixar de cumprir as suas metas fiscais.

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