quarta-feira, 22 de junho de 2011

INVESTIGAÇÃO ÀS CONTAS DEFENDIDA PELO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS EUROPEU

O presidente do tribunal de contas Europeu, o português Vítor Caldeira, defendeu uma investigação em Portugal sobre as causas da crise, para resolver o que considerou ser, a nível europeu, a falta de responsabilização no controlo das políticas orçamentais.
Vítor caldeira, em entrevista à agência Lusa, à margem do VIII Congresso da EUROSAI (Organização das Instituições Superiores de Controlo das Finanças Públicas da Europa), considerou que o Tribunal de Contas português deveria ter um papel, na eventualidade de uma investigação.
“Se Portugal pode beneficiar dessa medida? Eu penso que sim. Se for feita de forma independente e objectiva, ela tem vantagens. Naturalmente neste caso, o Tribunal de Contas Português teria um papel importante nesta matéria. Aí estamos já no domínio do seguimento político ao nível do Parlamento, e é uma área que ganhará em ser clarificada, sobretudo tendo em conta a necessidade de garantir de forma séria mecanismos públicos de responsabilização”, afirmou Vitor Caldeira. O juiz português disse ainda que o Tribunal de Contas Europeu concluiu, recentemente, numa análise às consequências da crise, que há na Europa “um défice de responsabilização, no seguimento de das políticas orçamentais e do controlo da execução, a termo, dessas políticas” e afirmou que, nesse contexto, uma investigação às causas da crise ganha mais relevância.
Recentemente, Gylfi Zoega, membro do Banco Central da Islândia, defendeu numa entrevista à Lusa que Portugal deve investigar quem e que causas estão na origem do elevado endividamento do Estado e do sector bancário. Também em entrevista à Lusa, o presidente da Comissão de Inquérito à crise financeira (FCIC, na sigla inglesa) dos EUA, Phil Angelides, aconselhou recentemente uma investigação em Portugal, para determinar com rigor a história e as responsabilidades na crise e para estimular o debate informativo.

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