terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ANTÓNIO BARRETO – SE PORTUGAL SAIR DA UNIÃO EUROPEIA ATRAVESSARÁ PERIODO DE POBREZA

Apesar de não ser favorável ao actual modelo europeu que, afirmou, “não prestou suficiente atenção aos cidadãos”, António Barreto espera, no entanto que Portugal continue na União Europeia: “Se Portugal sai da União Europeia e das suas relações privilegiadas com os países europeus, creio que nos esperam um período de pobreza, isolamento e, talvez de menor liberdade”, vaticinou. Ao dissertar sobre “ Um rumo para Portugal”, António Barreto lembrou que “ um rumo para um país não é coisa para um homem só, é coisa para um povo”. Neste contexto, defendeu “ um clima de maior confiança entre os seus dirigentes e os cidadãos e, sobretudo, de informação de discussão e de debate”.
“Traçar esse rumo para um país depende dos dirigentes mas depende também da participação de um povo. Sem isso corremos o risco de existirem novos desastres”, alerta chamando a atenção de haver “falta de informação” sobre o que se passa a nível económico e financeiro na Europa. “A maior parte desses problemas são praticamente inacessíveis, não há uma tradução permanente para a população saber exactamente o que está em causa e poder participar”, insistiu.
O futuro depende de cada um de nós, das nossas decisões de todos os dias”, e por isso, apelou “aos dirigentes políticos e económicos para se desdobrarem em informação à população para que a população sabendo mais, possa continuar, sem receio do futuro e ter um estímulo em participar”. Disse ainda ter sido “sempre” favorável à Europa e à União Europeia mas não “ à actual” União Europeia. “Entendo que a actual União Europeia foi longe demais, não prestou suficiente atenção aos cidadãos, acreditou no mito de que havia uma cidadania europeia, quando esta não existe. As sociedades, os povos não estão suficientemente ligados uns aos outros”, considerou. “Nos próximos anos vamos refazer ou repensar a União Europeia noutros moldes porque conforme está não dura muito tempo”, concluiu.

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