domingo, 29 de janeiro de 2012

PROCURAM-SE POLÍTICOS SÉRIOS (SE É QUE EXISTEM)

Afinal a política e o VOTO DO POVO ainda assustam o capital. Veja-se o caso da Grécia que conforme os problemas existentes e os seus desenvolvimentos no País influenciam os mercados financeiros para além do que se passa a nível global. Os gregos estão convencidos de que o mundo inteiro se uniu para os tramar, mas é o mundo inteiro que está tramado porque eles chegaram onde chegaram e nós andamos lá perto para além de outros países os tão proclamados (PIIGS). A culpa não é exclusivamente nossa. É até mais do sistema de usura que assenta o financiamento das economias. Adiante, conhecíamos as regras e fizemos asneira ao colocar-nos nas mãos dos usurários (quem empresta dinheiro). Agora, nós e os Gregos para além dos países (Irlanda, Espanha, Itália), temos de pagar o que devemos e exigir líderes capazes de mudarem as regras.
Nós, que tão mal dizemos dos políticos de uma forma geral, temos que exigir que o primado da política volte a prevalecer. São precisas lideranças nos países que, executando em nome do POVO que os elegeu, saibam exigir do capital respeito por quem trabalha. É bem mais fácil do que parece. Acabem com os paraísos fiscais, regulem e fiscalizem como deve ser actividade financeira eliminando sobretudo os intermediários na alocação de capital que não tem escrúpulos nenhuns recebendo bónus chorudos pelas transacções financeiras efectuadas não ligando nenhuma às garantias que são necessárias haver e separação da actividade bancária (comercial, investimento). Garantam no fundo, que quem empresta dinheiro ganhe dinheiro mas sem usura (cobrança de taxa de juros excessiva).
Precisamos de líderes mundiais que falem e decidam em nome do povo, que não se acobardem perante a força do sistema financeiro. Mas este caminho nunca poderá ser feito colocando uns contra os outros. Se quem gere o capital tem de mudar de vida, também quem precisa desse capital, e tem de o pedir emprestado, vai ter de mudar de vida. Utilize-se o capital para a criação de riqueza e não para a especulação alimentando os intermediários financeiros cujo ramo de activade foi a que mais cresceu a nível nacional e mundial. O capital reprodutivo é odiado da mesma forma que o capital especulativo, mas na verdade quem investe capital na produção é tão vitima de usura como o povo trabalhador. Os empresários, por esse mundo fora, não retiram prazer da necessidade de reduzirem os custos de produção para compensarem as consequências do aumento dos custos de capital.
Vivemos hoje uma extrapolação de ganhos com a dívida soberana dos países mas esse fenómeno é fácil de explicar porque a capital gira em torno de cinco variáveis principais (imobiliário, acções, obrigações, commodities e arbitragem financeira). Como os mercados tem ciclos de duração e os dois primeiros estão em crise logo o dinheiro circula principalmente em obrigações (dívida) e commodities (petróleo, ouro, algodão etc).
Finalizando cada vez que um Banco Central manda imprimir dinheiro são os povos (PAÍSES) que ficam endividados nomeadamente os que estão ligados a esse Banco.

António Batista

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