sexta-feira, 27 de abril de 2012

SINAIS DOS TEMPOS…REFLEXÃO

Ao longo da história da Humanidade, tudo se vai mudando, tudo se vai alterando e tudo se vai transformando. Já nada é como era d’antes, comparado com o que se vive presentemente, em relação às últimas quatro ou cinco décadas. Os valores sociais entre as pessoas registam um grande défice. Apesar de existirem laços de solidariedade, a verdade é que muitas vezes, se passa ao lado de tantos seres humanos com grandes dificuldades de vária ordem, passando pela gravíssima situação de solidão. Sem esquecer e tendo em consideração, efetivamente existem Organismos e Movimentos (muitos de natureza privada) com o objetivo de apoiarem os mais necessitados, tantas e tantas vezes ditados ao abandono, de tudo e de todos. Porém, não se pode e nem se deve deixar de acusar de responsabilizar as Entidades Oficiais (Estado) da falta de sensibilidade no apoio e na solução dos graves problemas que assolam milhares e milhares de seres humanos, há muito a viverem no limiar da pobreza e da miséria. Obviamente que não se ignora que o País atravessa e vive uma situação critica de destabilização, a todos os níveis, provocada por erros de governação dos últimos anos, o que obrigou Portugal a ter de recorrer a resgates financeiros, para não cair na situação de bancarrota. Teve de aceitar todas as exigências e compromissos assumidos, perante um bloco que se chama TROIKA (UE,FMI,BCE nossos patrões), que amarraram pela via do “racionamento” a vida quotidiana da maioria do Povo Português. Sem qualquer alternativa, o Governo para cumprir o que assumiu, impôs abruptamente e de forma cega, as regras de austeridade, sem dúvida exageradas, pelo que se vai sabendo e sofrendo. O Governo empossado traçou as suas diretrizes e prometeu aos portugueses um novo rumo para libertar o País da situação caótica em que estava mergulhado. Na realidade e apesar de nos pretenderem fazer ver o contrário, o estado da Nacão, agudizou-se, e grande parte do Povo foi arrastado para a maior crise jamais imaginada. Os portugueses estão saturados e desiludidos em face das promessas, ilusórias. O Governo por muito que queira disfarçar, já não se consegue esconder a verdade dos factos. O Governo já reconheceu que austeridade que impôs é dolorosa. Contudo, não hesita em a agravar cada vez mais, enveredando pelo sistema de tentar ocultar a situação rela do País. As razões já são mais do que muitas. O Senhor Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho, em que a ”maioria” dos Portugueses acreditou, disse que o não pagamento dos subsídios de Natal e de Férias seria retirado somente durante os anos de 2012 e 2013. Vem agora afirmar que a reintegração desses direitos, “roubados” abusiva e violentamente só eventualmente a partir de 2015 poderão acontecer, mas de forma gradua. Curiosamente, tais noticias tinham sido objeto do contrário, pelo Ministro das Finanças Vitor Gaspar, ou seja os cortes só seriam durante 2012 e 2013. Afinal quem fala a verdade? Para serenar os ânimos, vem o Ministro das Finanças justificar o dito pelo não dito. Redimiu-se desculpando-se que foi um lapso. No mínimo classifique-se tal desnorte de ridículo. Não obstante o Senhor primeiro-ministro anuncia ao País, de forma súbita que estão proibidas as reformas antecipadas até ao ano de 2014, tentando dar alguma justificação, que é para a protecção dos mais velhos. Esqueceu-se dos mais novos!!! Para complicar as boas notícias anuncia que Portugal não regressará aos mercados em 2013. O Ministro dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas afirma que o País está no bom caminho e que está a cumprir o programa para a sua recuperação. Efetivamente que os Portugueses acreditavam nesse fenómeno. Tal esperança transformou-se em pura desilusão.

Artigo parcial de César Amaro do Jornal Povo da Beira

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