quinta-feira, 6 de setembro de 2012

PORTUGAL…QUE FUTURO?


Os portugueses sentem-se perdidos. Desiludidos com Passos Coelho, não veêm na oposição uma alternativa credível e de Cavaco Silva já não esperam qualquer solução.
Ao fim de um ano de mandato, Passos vive dias difíceis. Tem contra si a opinião pública, por causa das promessas não cumpridas. depois de se ter comprometido a não baixar os salários e a não aumentar os impostos, fez exactamente o contrário e conta agora com o divórcio da maioria dos portugueses. Ainda por cima, a população não entende a razão de ser destes sacrifícios. Em primeiro lugar, porque eles não são igualmente repartidos. A Banca mantém os seus privilégios, as rendas pagas à EDP ou nas parcerias público privadas não param de crescer. E, além do mais, nem sequer as contas públicas se reequilibram, até aumentando o défice; pois, apesar do aumento de impostos, a colecta reduz-se, o ministro das Finanças não cessa de errar nas suas previsões. É o descalabro das contas públicas. Dentro do seu governo é chamuscado pelo escândalo relvas. Não conta com a solidariedade do seu parceiro de coligação, o PP (Paulo Portas), cujo principal objectivo é fazer campanha por si e pelos seus ministros. A deslealdade é, aliás, uma marca histórica no PP, vem de longe. Mas até do interior do PSD saltam farpas para o primeiro-ministro. Os barões conspiram diariamente contra Passos. Esperançados numa escorregadela do governo, cavaquistas, elitistas e barrosistas espreitam a sua oportunidade. por outro lado a oposição socialistas descredibiliza-se. o sei líder, Seguro, apresenta um discurso vácuo e inconsequente. ao fim de longos meses de mandato, ainda ninguém percebe o que pensa seguro sobre qualquer matéria de relevo. Num PAÍS sem governo e sem oposição, já nem o Presidente tranquiliza os portugueses. Descredibilizado pela gaffe da sua “modesta” reforma, Cavaco arrastar-se-á até ao fim do mandato, vaiado nas ruas. Resta-lhe o papel de comentador da actualidade. Mas essa função Marcelo desempenha melhor. Com o desemprego a subir para uma dimensão perigosa, na ordem dos 15% estatisticamente porque na realidade deve estar nos 18%, as famílias em dificuldades económicas, as empresas descapitalizadas e a classe política completamente descredibilizada – é o futuro que está posto em causa

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